quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vida de cachorra

Hoje, eu queria ser uma cachorra.

Ser igual à Shú, que sente que tem algo diferente na casa, que cheira as malas e as caixas de livros e panelas espalhadas pela casa, mas não sabe o que está acontecendo.
Não sabendo, não precisa decidir, escolher, fazer, mover-se...
A coitada nem tem noção de que vai enfrentar quatro horas de estrada amanhã pela primeira vez, que vai mudar de casa, de cidade, de estado... Tudo isso fui eu quem precisou decidir. Quem vai forrar o carro e ajeitar a cama para que ela se sinta bem também sou eu. E quem, com certeza, não vai dormir esta noite de preocupação também será eu!

Deve ser bom, às vezes pelo menos, não precisar decidir nada.
Ser carregada, alimentada, transportada com carinho e preocupação.
Para agradecer, seria só abanar o rabinho, dar umas lambidinhas...

Pensando bem, tem muita mulher que vive assim.
Eca!
Prefiro minha responsa-habilidade que sempre me traz angústia, mas que vem carregada de liberdade.

Um comentário:

Lu disse...

Ma, e a Sinsemila?
:-)
Tentei de ligar de London, acho que no dia que seu Vivo morreu em Londrina.
Tento de novo.
saudade e conexao!