Little London

Nada substitui a cinematografia da neblina permeando as paisagens de uma cidade. Londrina é linda. Já passava cinco da tarde na sexta-feira e eu não conseguia ver nada da janela da minha sala. Fui dar aula. Cenário quase novaiorquino: o Igapó cheio de nuvens de onde saiam os altos prédios da cidade descendente. Na UEL, emoção ao sair da aula: a neblina invadia as árvores, cercava os prédios, envolvia os bancos do nosso departamento. A UEL é muito linda. Na volta, mais neblina, e eu até chorei de emoção. Sábado amanheceu com toda chuva guardada das últimas semanas de calor. À noite, novamente, a belíssima neblina que dá o tom para a boemia ágil e dispersa da cidade que não cansa, não para, não desiste de me surpreender.
Acho que já te amo.

London London

I´m wandering round and round, nowhere to go.
I´m lonely in London, London is lovely so.
I cross the streets without fear.
Everybody keeps the way clear.
I know I know no one here to say hello.
I know they keep the way clear.
I am lonely in London without fear.
I´m wandering round and round, nowhere to go.
But my eyes, go looking for flying saucers in the sky.
I choose no face to look at, choose no way.
I just happen to be here, and it´s ok.
A group approaches a police man, he seems so please to please them.
It´s good to be here, and I agree.

Litte London, Little London

I´m wandering round and round, lots of places to go.
I´m lonely in little London, little London is what I know.
I cross the streets with a lot of fear.
Everybody smiles and I tear.
I know I know everybody here says hello.

I know they think all dogs are dear.
I am lonely in little London and I may not fear.
I´m wandering round and round, lots of places to go.

But my eyes, go searching for memories lost in my mind.

I mood with some faces I look at, mood anyway.
I just happen to work here, and it´s better than ok.
A group approaches any woman ou man, they seem so please to please them.
It´s good to be here, and I agree.

Los tres Quadritos!

Para quem ficou triste, homenagens merecidas, criativas e lúdicas de chargistas para o grande, o Glauco.

http://universohq.blogspot.com/

Voltando...

Começo de semestre intenso na UEL. 5 turmas, sendo 3 novas, com 4 ementas diferentes. Vamos lá. Reunião ordinária, extraordinária, de departamento, de colegiado, da Rádio... Tudo bem. Tem o técnico do estúdio que foi embora, o novo técnico que chegou para me ajudar, a porteira do meu prédio demitida e um vizinho idoso que morreu. Poxa...
Com tantas alterações de horários, contratos e pessoas, não tive dúvidas: mudei minha sala. Já estava descontente com o jeito que ela havia sido montada. Como aluguei com tudo mobiliado, trouxe apenas a bicama que virou sofá. Fui percebendo que aquela mesa redonda bem no meio de uma sala minúscula era descabida, para usar um termo do Lula sobre seu possível afastamento da presidência. Puxei para um canto, perto da cozinha. Faz mais sentido. Já a outra mesa, do tipo escritório, foi parar no lado oposto da sala e ganhou vista privilegiada da janela: a avenida Goiás subindo até a Maringá, que me dá um belo por do sol e uma noite iluminada para estudar. A bicama ficou encostada na parede com o tapete na frente, que centralizou minha sala.
Com isso, além do espaço ampliado, mais um ganho: posso colocar o notebook na mesinha-bar e assistir filmes. Aprendi as maravilhas do meu computador com o Fabrício, que baixou um programa e gravou vários filmes pra mim. Agora, não preciso nem de aparelho de DVD. Meu companheiro note, instrumento de trabalho e comunicação, virou uma bela TV com ótima definição e que transmite quase tudo. Para quem cresceu com o videocassete e a dificuldade do acesso, poder assistir filmes e séries em qualquer lugar parece mágica.
Foi só re-arrumar o que já eu tenho, usar melhor o que é meu.
Londrina ficou (ainda) mais bonita.

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Foto gentilmente surrupiada do blog do Fischer.