terça-feira, 19 de maio de 2009

As cores da solidão


A solidão não é preto e branca como nosso imaginário imagina.
Ela vem com muita cor, e em todos os tons, como os que vejo agora.
Sozinha, sem televisão, sem telefone (meu Vivo morreu em Londrina), com internet restrita e conhecendo poucas pessoas da cidade, o sentimento que me veio foi de estar só, seguido por um levantar alucinógeno em que todas as cores ganharam vida própria.
Minha casa parece bem mais verde, a UEL é verde, Londrina é verde e a minha sobrinha é rosa.
Meu prédio é cheio de flores, a UEL cheia de árvores, meu wine é cor de vinho vivo, minha cachorra está ficando degradê...
Nas caminhadas, os carros são coloridos, os casacos são policromáticos e os prédios parecem do bairro La Boca.
O Lago é cristalino e me persegue em qualquer lugar que eu vá. Quando vejo, novamente estou cruzando o Igapó. E tem sempre gente azul, verde, amarela e vermelha caminhando por lá.
Quando vou dormir, depois da minha good trip, sonho em preto e branco. E feliz.

Um comentário:

Serdespanto disse...

ATÉ AGORA, SEU MELHOR TEXTO NO BLOG.
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