terça-feira, 16 de junho de 2009

Um amor raro


Sempre senti que você era meu. Estávamos ligados organicamente, instintivamente, emocionalmente, caoticamente.
Chegou e me apaixonou.
Ficou ali, nas minhas mãos, na minha casa, como se sempre tivesse estado aqui comigo. Tudo me remetia ao seu tom, sua imagem, suas palavras. E foi por isso que eu te amei e superei mais do que acreditava conseguir. Eu fui nos meus limites para te entender. E iria novamente por quantas vezes precisasse, sem querer nenhum título no final da jornada.

Te amei como poucas.
Te amei como o único.

Te amei até quando meus olhos já não se aguentavam mais abertos, e eu continuava, só para te decifrar. Tropecei em estações e repeti verões ao seu lado. Na alegria e na tristeza.
Te odiei por bem mais que alguns segundos; não me arrependo. O amor que se mistura com paixão traz mais alegria do que lágrimas. É quando se idolatra, se decepciona e se supera. Lado a lado. As interferências dos outros fazem doer, mas fazem crescer uma relação que deve ter vindo de outras vidas.

Já te sentia em mim antes de você bater aqui dentro.
Porque alguns caminhos, de tão inteiros, são o próprio destino.

ps. Apesar de parecer uma carta de amor a alguém, é para o meu “jornaleco”. Traduz a minha emoção por ter sido convidada para uma entrevista sobre os 40 anos do Pasquim para o jornal “O Povo”, de Fortaleza.
26 de junho de 1969. Que bom que aconteceu.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Má, tudo bem?
Continuo me deliciando na sua escrita. E observando tudo pra ver se aprendo :)
Bom, já conhece nosso blog: campus014.com.br. É modesto mas é de coração.
Bjnhs e boas férias.
Quer dizer, professores tem férias? :)

F_ARO disse...

PUTZ..EU EU ACHANDO QUE ERA PRA MIM.
VAI,HOMEM BURRO!!!