domingo, 26 de julho de 2009

On the bus again


Vou para Sampa de busão na terça, passar pelo meu médico, e lembrei que não pego ônibus para a capital desde 1993, quando morei lá. Na época, a rodoviária era Tietê, meio triste, cheia de retirantes, e eu muito jovem, cheia de malas com meus pequenos pertences. Acho que era, também, uma retirante.
Pouco tempo depois, aprendi a ir de carro e virei até motorista da família. Passei perrengues, chuvas assustadoras, errei caminhos, mas sempre consegui chegar à casa da Vanessa, das minhas tias lindas, aos médicos todos, ao Conjunto Nacional... Estranhamente, acho sempre mais fácil sair do que entrar em São Paulo. Talvez a entrada em qualquer coisa seja mais complicada do que a saída mesmo...

O fato é que faz tempo pacas que eu não viajo em nenhum intermunicipal. A última vez foi em 2002, quando eu e Lú encaramos umas viagens por Marília para chegar até Assis e dar aula, via Andorinha. Mas, quando descobrimos a liberdade do carro, e do caminho por Ourinhos, de sair no sábado cedo depois do longo e delicioso café-da-manhã no hotel São Francisco, esquecemos do transporte público. “16 toneladas”, do Funk Como Le Gusta, tocava até cansar.
O ônibus limita o horário, o silêncio, o som, a companhia, os cigarros. Mas te dá uma outra liberdade, que vou tentar aproveitar nesta viagem. Para São Paulo, já comprei um arsenal: Rolling Stone, com Ronaldo na capa; Bravo!, com Selton Mello; e Piauí, com a Dilma e a não-pauta da morte de Michael.

Vamos lá, Expresso de Prata! Quero ver servir cafezinho feito a propaganda.

Um comentário:

Fischer disse...

Boa viagem, boa leitura, boa consulta, bom retorno.