terça-feira, 8 de setembro de 2009

AO VIVO!


Primeiro radiojornal com o pessoal de jornalismo da UEL foi ao ar hoje. Aliás, acabo de sair de lá, mas, quando cheguei para começar o trampo, perto das 18h, parecia o caos. Pensei quão louca eu sou por aceitar algo que não é diretamente a minha área e, pior, para substituir uma professora que é unanimidade de competência e admiração no curso. Flávia Bespalhok nos deixou para a Federal do Paraná, mas fez tudo tão ajeitadinho que, com certeza, estava lá no nosso estúdio.

Guilherme era o editor-chefe. Gente boníssima e fumante, ele me ajudou pacas. Também tem a Soraia, monitora da disciplina e enturmada com o pessoal. André, técnico do estúdio, que tem uma tranqüilidade de quem nasceu no rádio – e nasceu - além do seu Luís, é claro, um belo senhor que nos auxilia no departamento. Tudo muito bem, eles todos ótimos e pisando em terreno conhecido.
Só faltava eu deitar e rolar.

Editores, repórteres, pauteiros, notebooks, fones de ouvido e cafés agitavam a sala de aula que fizemos de redação. Mas parecia tudo calmo, até demais, considerando a iniciante neurótica que sei que sou. Os problemas apareceram de paulada, como sempre acontece no jornalismo. 20h30 e ainda não tinha todos os blocos indo para impressão. Quando foram, só a primeira parte do programa foi impressa. Além disso, o aluno responsável por levar uma aluna-repórter para fazer uma das entrevistas ao vivo sumiu. Nosso radiojornal, o “Fôlego”, que frequentemente chamamos de “Sufoco”, é divulgado nos alto-falantes do CECA (onde fica o departamento) às 21h. Na corrida para botar tudo num pen-drive, imprimir o script in-tei-ro, fazer os espelhos, atrasamos 15 minutos do previsto. Fiquei pensando que Flávia teria infartado ali mesmo ou, mais provavelmente, não teria deixado o caldo entornar assim.

Vambora.
No estúdio, no início, todos tensos. Aí, entrou o primeiro “ao vivo” (quando o repórter vai até o local, eu ligo para ele, coloco na escuta, e fazemos a entrevista no ar). Quando terminou, todos soltamos um “aaahhh”, “iiiuuuhuuu”, “legaaal”, “yeees”, “maaassa” (acho que essa fui eu). Que energia boa! Entrei totalmente no ritmo adrenalínico do rádio. Programei o próximo “vivo”, liguei para a Mari que entrou no ar, entrevistou o cara ali, fechou a matéria, e mais gritinhos foram ouvidos no estúdio enquanto André colocava vinhetas comerciais (da Cremogema, bala de leite Kid´s, BomBril antigo...).

No terceiro bloco, um desafio. Faríamos um “vivo” na rua, e outro no estúdio, com o repórter entrevistando, pelo telefone, um jornalista que escreveu a biografia do técnico que mais tempo ficou no Tubarão (também conhecido como LEC, Londrina Esporte Clube). Com a energia exalando, o tempo das entrevistas deu super certo. Para não mentir, nosso radiojornal, que é programado para 50 minutos, ficou com 50’42” (linguagem de rádio para determinar minutos e segundos). Mega huhu! Flávia ficaria orgulhosa.

Depois dos gritos, os comentários das loucuras, os errinhos que já percebemos e que nos fazem rir num misto de tensão e satisfação que só jornalistas conhecem, Gabi veio tirar a clássica foto da equipe. Logo avisei que nosso sorriso não viria do “x”, mas do “Flaaaviaaa”, nome aberto de uma professora que foi minha banca no concurso, minha querida no departamento, e a mentora de tudo isso.

Duvido que, depois de tudo, vou conseguir dormir cedo para dar aula amanhã.
Tudo bem.
Fico no ar, feito uma radialista.

2 comentários:

Fabio disse...

Marcia, eu tinha que conhecer seu blog. E, se bobear, a gente perde a nocao do tempo lendo gostoso seus textos. Parabens! Voltarei outras vezes. Beijo cheio de saudades deste companheiro de RA 94da Unesp! (Fabio Turci)

Guilherme Santana disse...

encontrei o blog..
muito gostoso de ler!
sim sim...radiojornal é aquela adrenalina que vale o esforço!
e os vivos são comemorações quando dão certo...
Márcia tu também é gente fina pra caramba...a Flávia definitivamente deixa saudades, mas estamos em ótimas mãos!
Até o próximo cigarro no corredor do CECA!