sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ânimo resistente

Vim absurdamente feliz para Bauru ontem. Rodei cantando tanto pelas estradas que acordei meio rouca hoje. Ouvi zilhões de vezes Feijoada Completa, Aos Meus Amigos, Samba do Grande Amor, João e Maria e Vai Passar, que acorda até defunto. Não entendo de onde saiu tamanha animação, considerando que eu vinha de dias de pouco sono e muita animação na minha cidade paranaense querida. Não me incomodei nem com o sol irritante da estrada; ajeitei a blusa e a bermuda para aproveitar o bronze. Mas meu ânimo seria testado.
Passei na casa da minha mãe, conversamos bastante e fomos comprar o ingresso para o show do Ney Matogrosso. Em menos de duas horas, notícias ruins sobre a saúde de pessoas que conheço. Fiquei chocada com um primo de quarenta e poucos que teve um infarto ontem mesmo. Está bem, mas foi um infarto. Resisti, e investi uma grana para minha mãe assistir ao show sentadinha em uma mesa de quatro lugares. Pensei que meus queridos Fabrício, Laura e/ou Paola ocupariam as outras duas cadeiras, já que, no sábado, vamos ter um almoço na piscina da amiga italiana e já engatamos a balada de Ney à noite.
Quando finalmente cheguei na minha casa, a carga de energia positiva quase explodiu. Shú, que havia ficado aqui esta semana que fui para Londrina, quase surtou de tanta alegria ao me ver. Nunca a vi tão feliz, tão animada, querendo me lamber, abraçar, subir nos meus ombros e escalar minha cabeça. Chorou horrores. Uma fofa.
Descansei por meia hora para ir ao meu novo ginecologista. Quase não consegui acordar, e o fiz sob protesto e com um mau humor do cão. Troquei de médico porque o antigo, conhecidíssimo na cidade, vivia me aterrorizando para ter filhos, que o tempo está passando... O cara é um parteiro na cidade, e eu percebi que ele gosta mesmo de mulher grávida. O novo gineco é muito bom, atualizado e fez um exame que me chocou. É como uma ultrassonografia interna (que as mulheres sempre fazem), só que colorida e com televisão para eu acompanhar tudo. Muitas mulheres detestam esses exames, e acho que também não gostariam de ver tudo. Eu adorei! Vi os meus órgãos e fui elogiada por ter um útero bonito e saudável. Mas, pela primeira vez, vou precisar fazer uma mamografia, aquele exame que aperta o seio feito um tostex. Tudo bem. Eu já imaginava que estava na hora. Sem desanimar, Márcia.
Ainda deu tempo de esperar a Milena chegar de ônibus da APAE e pegá-la no colo quando ela desce, às gargalhadas, falando tchau para os colegas e fizendo: “tchau, vai com Deus, amém”. Mi sempre faz assim. Quero ver se fecharem, de verdade, as APAES. Já quase fiquei brava ao pensar nessa notícia que ainda está engasgada no meu discurso. Mas a gargalhada da Mica tomando banho apaga qualquer encucamento.
Ao voltar para casa, outra festa da cachorra, que achava que eu tinha ido para Londrina novamente. Depois, tive a alegria de conseguir conversar com Laura, Fá e Pá, mesmo que rapidinho. Detesto quando venho para cá e não falo com eles. Mas Laura me deu uma notícia que mostrou quão cansada estou e quase me irritou. O show do Ney não é sábado agora; é no próximo, dia 26! Melhor dormir. E bastante.

2 comentários:

Guilherme Santana disse...

já me ocorreu uma dessas...tenho compromisso, tenho compromisso...
daí alguém te diz: É semana que vem! auhuheuhauhue
Você volta pra bauru todo final de semana?

Thelma Yeda disse...

Conheço o trabalho das APAEs e acho um absurdo essa ideia de fechar. Como se o Estado estivesse capacitado para fazer uma inclusão decente... Vc podia escrever sobre isso, Márcia, seria bacana.