terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ménage à trois

Sexta-feira, 18h45, na bela rodoviária de Londrina, eu me vi absolutamente tomada pela emoção de receber meus amigos na minha nova cidade. Na noite anterior, não teve sono que me ganhasse. Uma ansiedade que eu não me aguentava, povoada de preparativos, comprinhas e possibilidades de passeios. De tão agitada, fui comprar um açúcar branco normal, para nosso café, e acabei comprando aquele especial, tipo confeiteiro.

Na rodo, corri atrás de todo e qualquer ônibus da Garcia. E são vários por minuto. Todos devem ter pensado que eu estava esperando um namorado apaixonante; os motoristas riam do meu ir e vir. Quando o carro que vinha de Bauru estacionou, dei um abraço triplo no Fabrício e na Paola lindíssimos. Eu já sou sortuda de tê-los, mas recebê-los foi ainda mais gratificante. Pazinha abraçada com seu travesseiro, ainda sonolenta, e Fá acordadíssimo admirando a arquitetura da rodoviária.

Paramos no Pátio São Miguel e a primeira revelação: Fabrício me mostrou a importância e singularidade dos ferros retorcidos que contornam aquela bela esquina. Na descida para minha casa, mostrei os bares, e os dois já se apaixonaram pelo querido vizinho tailandês, Varanda.

Descemos em casa para deixar as coisas, tomar um banho e brindar com o Santa Cristina que eu havia comprado. Santa Cristina é o vinho da Pá, o vinho do pai dela que aniversariava naquele dia 6, o vinho dos momentos especiais com a italiana... O brinde com o bom vinho mostrou o que seria o final de semana: saboroso, especial e bem encorpado.

Levantamos das cadeiras e fomos para o Varanda a pé. Lotado. Gustavo, que nos atendeu, previu umas cinco pessoas na nossa frente. Deixamos o nome na lista, mas descemos para pegar o carro e tentar o Bar das Meninas. Não demorou muito para Londrina querer “se mostrar” para meus amigos bauruenses. Caiu aquele toró com o qual os paranaenses são acostumados.

Ficamos esperando parar um pouco a chuva para descer. Não parava. Íamos voltar para o Varanda quando vi o Tomate Seco com um lugar para estacionar na frente. Propus, eles toparam e descemos. Eu não conhecia o lugar, mas adorei de cara. É o que o Fabrício falou: jantar uma bela massa ouvindo uma banda de rock ótima foi perfeito para inaugurar a primeira noite em Londrina.

Sábado, fui levá-los para passear e comprar vinhos. O spot principal foi o Mercadão Shangrilá, lugar que eu admiro cada dia mais. Semanalmente eu passo por lá, mas no sábado, e com meus dois amigos, o lugar ganhou outros tons e cheiros. De lá, passamos no Mercado Guanabara, mas a chuva não deixaria o DJ tocar. Nem pensamos duas vezes: fomos para minha casa deixar o carro e subir a meia quadra que me separa do Varanda.

Que lugar, que tarde, que cardápio, que atendimento, que gente bonita, quanta simpatia, que som bom, que Bohemia Oaken perfeita, que comida... Os dois se apaixonaram de cara e já decretaram: o nosso sábado seria ali mesmo.
Fabrício não acreditou que poderíamos fumar na mesa. Paola ficou embebecida com tanto homem bonito e variado. E eu não acreditava que o belo bar/restaurante, que visitei – com sucesso - umas duas vezes, poderia ficar ainda melhor. Chegamos no começo da tarde, pegamos a melhor mesa de todas, em vários sentidos, e não largamos dela até a noite. Conversamos sobre tudo, rimos muito e fortalecemos ainda mais a amizade e a certeza de que eles voltarão a me visitar.

Mas a italiana não aguentou tanta emoção e sono. Foi dormir em casa. Fá e eu ainda ficamos lá, conversando, conhecendo gente e descobrindo mais coisas boas sobre a querida-por-todos-Londrina. Fechamos a conta felizes e satisfeitos com a cidade. A balada já havia sido feita.

Chegamos e ainda batemos papo até outras horas. Pá acordou, dormiu, acordou... A chuva veio geladinha, e continuou até de manhã, quando fomos tomar café na Pandor que, estranhamente, estava fechada. Levei-os ao Pátio, que ainda tinha alguns remanescentes da festa à fantasia Metamorfose. Tomei um dos melhores cappuccinos da minha vida, que leva o nome da loja de conveniência que nunca fecha. Todos saímos satisfeitos direto para a estrada. Nem a chuva nem o apartamento apertado estragaram o final de semana.

Na nossa “mistura a três”, só faltou mesmo a Laura. Pá veio meio dormindo meio acordada. Fá e eu tagarelamos o tempo todo no caminho entre as duas cidades. Quando avistei Piratininga, diminuí a velocidade. Não queria chegar porque não queria que acabasse.
Mas não acaba.

2 comentários:

Anônimo disse...

AMIGAAAAAAAAA,
QUE TEXTO LINDO!!!! ME EMOCIONOU DEMAIS!!
Vc não existe... Sua inteligência, sua sensibilidade, sua energia, sua admiração, seu carinho, seu amor...
Obrigada por vc existir na minha vida e me amar tanto assim!
beijos
Pá (a italiana!)

Geninho Mira! disse...

E eu aqui, crente que era post de sacanagem. Brincadeira.