sábado, 21 de março de 2009

WELL...

Passei por todo esse processo de concurso esta semana, prestando o teste seletivo da Estadual de Londrina para professor de jornalismo. Minha irmã sorteou o tema que eu mais queria para a minha aula para professores: “Pauta – formatos e conteúdo”. Pirei. Entrei de cabeça na minha estante e nos meus arquivos. Levei um jornal da China que eu tenho, um Clarín, a edição do Che Guevara da revista Realidade de agosto de 1968, a Caros Amigos sobre o filho do FHC com a jornalista da Globo, uma TPM que tem um post-it na capa...

Cheguei, montei o arsenal, dei a aula olhando nos olhos deles (como faço com meus alunos), usando a lousa, mostrando os jornais, e cumpri o plano da aula finalizando em tempo.
Depois, sentei para responder as perguntas, que foram 15% sobre a aula em si, 25% sobre minha visão sobre a universidade e o curso de jornalismo, e 60% sobre mim! Questionavam porque eu ficaria em um contrato de 2 anos (prorrogável por mais 2) se eu poderia tentar uma universidade federal, perguntaram se eu moraria em Londrina, como me vejo daqui 5 anos, o que penso da UEL...

(Acho até que estou me acostumando a passar por bancas, a ser questionada, a ver o que acatar, o que questionar, o que não aceitar e o que completar.)

Fiquei chocada com o campus de lá. Coisa linda. Absurdamente bem cuidado, com todos os cursos de graduação possíveis. O curso de jornalismo é um capítulo à parte, com 20 alunos por turma e uma galera cheia de vida. Os professores da banca também gostei – nos demos bem de cara. Não parecem estrelas cadentes e me trataram com respeito e proximidade.
Mesmo eu não tendo sonhado com esta faculdade, gostei.

No final da tarde do outro dia, veio a notícia.
Passei em primeiro lugar. E ainda com uma média altíssima para concurso: 9,5.
Fiquei várias horas sem conseguir pensar nisso, com a cabeça flutuando, brigando comigo mesma. Plano A, plano B, planadora... Acabei de defender o doutorado, mal descansei, planejava as federais que são mais efetivas e com o processo de contratação mais lento.

Well...
A vida tem caminhos que a gente nem imagina mesmo...

Não vou fugir por teimosia do que eu havia imaginado. Mudar a rota pode levar a caminhos bem melhores. Ou ao mesmo caminho, mas por outras paisagens.

Vou, mas vou planando...

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