quarta-feira, 22 de abril de 2009

When I´m 35


A vida tem me surpreendido constantemente e deliciosamente.
Quando menos espero, aparece mais uma notícia, um encontro, um brinde, uma conversa, um briga, um email, uma comida, uma palavra, um amigo, uma lua que me arregala os olhos. Acredito que seja uma certa predisposição a estar aberta e atenta, digna de quem passou períodos de desânimo seguidos por um autocontrole absurdo.

Agora, tudo se mostra de outro jeito para mim. Profissionalmente, vou surfando entre as possibilidades de encontrar a minha praia. E sei que logo logo mergulharei na melhor onda possível. Socialmente, tudo cada vez mais gostoso: altos jantares com amigos e vinhos maravilhosos. Virou hábito, hobby, necessidade. Prazeres palatais que eu degusto como se fosse a primeira (ou a última) vez. Na vida familiar, estou começando a me situar melhor. O espaço de cada um fica mais claro quando se percebe seu próprio lugar.

Mas é no dia-a-dia que sinto mais mudanças. Passei a aceitar alguns sentimentos sem muita explicação, a negar quem me faz mal, e a amar o meu cotidiano flutuante.
Acredito que faça parte da reflexão de quem fez 35 anos, e sabe que o tempo não volta, não molda, nem solda ninguém.

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