sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

MIND THE GAP!

Sou um bicho trabalhador mesmo. Piro com essa paradeira em que estou. Até minha saúde piora. Preciso ter algo que me faça pensar logo cedo, que eu sei que vai brilhar meu dia, e que vai me acompanhar à noite, quando vou para a cama. Detesto não ter motivos para a minha insônia.

Talvez não seja só pelo trabalho, mas pelo desejo que ele me desperta. Então, acho que sou um bicho apaixonado. Tenho esse defeito de não conseguir enxergar como ofício o que, para mim, é paixão. Já tentei. Não dá.
Por isso que escolhi ser jornalista: você acordar lendo os concorrentes e seu próprio texto, e dorme pensando nas pautas pendentes, na reportagem especial de final de semana, naquela fonte que não retorna sua ligação, na possibilidade de tomar um “furo”...
Dar aula também é um trabalho-paixão: a cada semana, um assunto, vários textos, discussões nem sempre programadas, perguntas que elucidam... Você também acorda e dorme pensando nos alunos.
E a pesquisa, então? Tem semana que você praticamente fica executando partes chatas da tese, mas, em outras, as idéias tomam forma, você vê o que não havia enxergado, descobre que a história está em vários lugares...

Neste gap em que me encontro, decidi assistir a uma defesa de doutorado em Assis. O plano era me programar para o meu dia. Mas, até Ourinhos, fui questionando se estava fazendo a coisa certa. Será que não ficaria ainda mais nervosa depois de ver uma colega sendo questionada?

Pelo contrário.
Para variar, eu sempre pinto o apocalipse para mim. Por não ser historiadora, acreditava que minha tese era menor e, meus problemas, maiores.
Ledo engano.
Todos viram alunos ali. E, os professores, viram PhDeuses querendo mostrar a “leitura” que fizeram dos quatro anos de pesquisa materializados em texto e imagens.
Não se diferencia muito de bancas de TCC e de mestrado, a não ser pelo destaque que sempre se dá ao fato de que, ali, está sendo finalizada uma etapa quase missionária da vida acadêmica.

Por isso, elaborei uma lista das 10 coisas para se fazer no gap entre terminar a tese e o dia da defesa:

1. não lê-la em hipótese alguma.
2. de preferência, deixar seu exemplar com algum amigo de confiança (obrigada, Fá, de novo e sempre).
3. evitar conversar com quem nem imagina o que seja um doutorado.
4. tentar manter distância dos acadêmicos de plantão.
5. não ler nada relacionado ao assunto pesquisado.
6. melhorar a alimentação.
7. programar uma viagem.
8. procurar um novo emprego.
9. planejar a vida.
10. e deixar tudo para depois da defesa....

2 comentários:

Anônimo disse...

Amiga linda!!
Adorei as 10 coisas que vc deve fazer até o dia da defesa!!
Now we are talking!!!
love you!!
beijos

Anônimo disse...

Concordo plenamente com vc!!!! Relaxa vc sabe que vai dar td certo!!!! pelo pouco que te conheço tenho certeza que vc vai arrasar!!!! Boa sorte amanhã!!! Me liga para comemorarmos ok? Bjs, Biba.