“Pensamento vem de fora
e pensa que vem de dentro,
pensamento que expectora
o que no meu peito penso.
Pensamento a mil por hora,
tormento a todo momento.
Por que é que eu penso agora
sem o meu consentimento?
Se tudo que comemora
tem o seu impedimento,
se tudo aquilo que chora
cresce com o seu fermento;
pensamento, dê o fora,
saia do meu pensamento.
Pensamento, vá embora,
desapareça no vento.
E não jogarei sementes
em cima do seu cimento.”
Livro "Tudos", de Arnaldo Antunes.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
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Um comentário:
As vezes penso que penso de mais e hajo de menos...
(e não reclame mais que eu não posto no meu blog!)
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