quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Happy New Year!


O estrangeirismo do título deste post não é gratuito, não. Mando, para os possíveis leitores, uma mensagem de final de ano enviada por Ali Tadjivid esta semana para mim. Com a devida permissão dele, traduzi o melhor trecho porque expressa justamente o que mais senti neste ano: a questão da consciência do mundo e de nós mesmos.

Ali foi meu professor no mestrado em Londres. O iraniano e eu nos gostamos de cara quando nos conhecemos, em 2000. Um café com ele durava umas seis horas, de tanto assunto. Mantivemos contato durante todo este tempo, e ele sempre traz um pouco da discussão britânica e iraniana para nossas conversas.
Ele é meu modelo de professor. Mais do que isso: Ali é quase poeta quando escreve sobre a vida.

A tradução perde muito do jeito com que ele joga com as palavras em inglês. Mas fica o recado. Viver é vida não é fazer o que se quer, mas fazer tudo com a devida consciência e alerta. Viver a vida requer pensar sobre a vida.

Que venha 2010 com tudo.
“As far as contemplating life is concerned, I think I have discovered something else about humans: we have a tendency to replace the concept of living with other words such as "studying", "working", "bringing up kids", etc. We use so many other words in order to explain "life". But "Living" is more than all of them put together. It requires a degree of awareness that emphasises the contingency of human existence and the value of the "present" - the ability to enjoy every second of our lives, whatever the activity, and love the ones whose lives are so intertwined with ours. We are always physically in the present, but the mind is either in the dead past, or the uncertain future.
So, I am left with only one motto: THINK life, LIVE life!”

“Considerando a contemplação da vida, eu acho que descobri outra coisa sobre os humanos: nós temos uma tendência a trocar o conceito de vida por outras palavras, como “estudar”, “trabalhar”, “ter filhos” etc. Nós usamos várias palavras para substituir “vida”. Mas “viver” é mais do que todas elas juntas. Requer um tanto de consciência que enfatiza a eventualidade da existência humana e os valores do “presente”: a habilidade de aproveitar cada segundo das nossas vidas, independentemente da atividade e amor dos que estão tão interligados com a gente. Nós estamos, fisicamente, sempre no presente, mas a mente está ou no passado morto, ou no futuro incerto.
Então, eu acabo ficando apenas com um lema: PENSE na vida, VIVA a vida!”

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