terça-feira, 30 de setembro de 2008

eu, literária

QUADRILHA – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.


UMA QUADRILHA MODERNA – MÁRCIA NEME BUZALAF

João amava Tereza que era casada com Raimundo que era apaixonado por Maria que era noiva de Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João virou gay, Tereza foi para a Índia meditar, Raimundo morreu de câncer, Maria adotou um filho sozinha, Joaquim teve depressão, transtorno bipolar e síndrome de pânico, e Lili casou-se com Juliana Pinto Fernandes que não tinha nem entrado na história nem interesse em homens, apesar do nome.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

SEGUNDONA

Hoje é o casamento do Giu, amigo desde os meus 14 anos, irmão da Paola-minha-irmã, filho parecido do Flávio, meu eterno querido.
É a típica festa que promove um encontro de nós mesmos. Abraços infindáveis com gente que nunca se vê, que se esbarra nas ruas de Bauru ou que a gente vê sempre – mas parece que ama mais em um casamento. Lembram que a gente pertenceu/pertence a algum lugar: o Interativo, o Rock Drinks, o BB Batatas, o BTC, a Plenty... Pontos de convergência que compõem a nossa identidade.

A celebração do amor de duas pessoas faz a gente se vestir lindamente, se arrumar, tirar itens do armário que só saem mesmo nos dias especiais. Até a calcinha – minha superstição! – deve ser nova. Os noivos oferecem a grande festa, sempre linda nos mínimos detalhes, para a diversão de todos. Em retorno, têm nossa atenção e carinho especial o dia todo – principalmente para as mulheres, que fazem verdadeiros rituais para se colocarem especiais também.

Teve uma época em que eu não entendia o esforço todo da instituição casamento – tanto que não fiz nada disso quando casei. Mas entendi, depois de casada, e mais ainda depois de separada, que é importante o ritual de commitment. Não importa a forma.

No caso desse casamento, várias emoções à flor da pele.
Primeiro de tudo: é o Giu, e a família TODA dele mora no meu coração.
Segundo: sem o Flávio, tão lindo, que amava tanto nos ver arrumados e celebrando alguma coisa.
O bifê (sim, buffet aportuguesado – já está no dicionário, mas o Word estava tentando corrigir para BIFE!!! rs..) é o mesmo que casou tanta gente que eu adoro: a Dani Guedes e o Beto, meu primo e afilhado Flávio e a Camila, o Rodrigo e a Débora... Momentos incríveis.
Só que agora, é o Giu, e sei que teremos a festa das festas.
Porque eu não conheço família mais animada que os meus amados “de Angelis”. Mesmo em plena segunda-feira.

A história do casal também é interessante, digna de um filme. Namoraram, foram noivos, separaram-se, viveram outras coisas com outras pessoas, e voltaram a se encontrar - aí preparados para aquele sentimento que já era tão forte no passado. Nós sucumbimos ao carinho e inteligência da Giovana, que ganhou todo mundo.

Que Giu e Gi vivam a alegria de hoje, que com certeza todos exalaremos, todos os dias.

sábado, 27 de setembro de 2008

Vá lá...

Relutei em montar um blog com acesso mais amplo. Explico: como falar abertamente, sobre mim-self sem saber qual meu leitor?

Uma coisa é escrever histórias jornalísticas para o “público em geral”, dita massa. Parece difícil, e é, mas se torna fácil assim que vc consegue. Vira fórmula, parece o próprio ato de escrever, no automático.
A notinha policial sai fácil, fácil.

Mas não é só isso, não. Tem a coisa da manutenção do blog, cobrança que me fez desistir do primeiro experimento que tive. Mantive um diário virtual durante 1 ano e meio que honrava seu nome. Era, de fato, um diário. Lá, me expunha para apenas 4 ou 5 amigos com acesso. Mas, se contabilizarmos que uma delas, minha irmã, deve ter ainda uma conexão discada, uma outra teve pau no computador e se perdeu, o outro que mal tinha acesso a um micro, éramos, vamos dizer, eu e o blog.

Mas foi aí que meus alunos (adoro o possessivo “meus”) souberam e exigiram meu endereço. Acredito até que eles fizeram buscas infrutíferas, porque eu havia me escondido bem. E foi essa curiosidade que me fez fazer um blog de verdade – não o diário antigo que eu mantinha e que, agora, não faço nem idéia de como desativar! rs....

Aviso de cara: sou eclética e talvez escreva textos longos ou muuuuuuuuito curtos, atualize o blog mais de uma vez por dia ou demoooooooore....

Se eu parecer irritada às vezes, devo estar apenas caminhando para algum lugar.
No jeito ariano que me incita, posso garantir apenas muita paixão.


Oscilante, inebriante e irritante.

Vai encarar?